Com o ser humano é exatamente o contrário: dos fortes é que precisamos nos aproximar, visando a ser um deles, assimilando sua inflexão ante os entraves. O forte é diferente do líder na medida em que o forte permanece em si mesmo; o líder quer espaço; avança; quer desbravar; o forte, sem nada pedir, sem nada querer, impõe-se ao tempo; sabemos onde ele está, qual estátua, parece depositário de uma força maior que lhe nutre as raízes e o forte se torna senhor do tempo.
Não se apega a discussões por piores; elas apenas passam por ele e, por não encontrarem receptividade, saem desfiguradas: invadiram, por engano, um domicílio.
Ser forte é ser contido em si mesmo; nada o demove porque ser forte é um estado de verdade que não cede; o forte não é imprudente, mesquinho, apegado a coisinhas. Por saber discernir, não se envolve; não assume pelos outros senão em defesa da verdade; é firme; todos confiam nele, mesmo quando discorda do grupo. O forte aponta a verdade, se não for aceito, ele se retira sem justificativa que sua função é apontar; não é decidir. O forte é acima de tudo fiel a si mesmo.
Não há qualquer aproximação entre o forte e o egoísta; este pensa em si; quer um lugar acima; o forte mantém-se em si; nada pleiteia senão que se faça a justiça.
Verdade e justiça são as irradiações do ser forte; no forte está a luz que permanece.
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