Eu estou com dificuldade de entender sua afirmação, porque a visão que Cristo tinha sobre a mulher era interior.
É preciso que estabeleçamos bem a diferença entre o nível em que a Senhora quer ver o assunto discutido e o nível em que Cristo se relacionava com as mulheres.
Na condição de feminista, nós precisaríamos ler pelo menos sobre uma atividade de Cristo com as mulheres valorizando-as nas praças, defendendo a causa delas, exaltando as atividades externas delas e sua atuação no lar. Isso não existe no Novo Testamento.
Do ponto de vista interno, Cristo sabia que a incumbência da mulher é igual à que ele veio pregar: conduzir o ser humano para dentro dele mesmo; diria que ele veio reforçar o trabalho dela. Reforçou da mulher a incumbência no difícil encargo de encaminhar o homem.
Foi por iniciativa da mulher a intuição de entrar em si mesma e possibilitar que ele viesse à Terra.
Costumamos pensar em Maria como Mãe de Deus; não pensamos em Maria menina, sem nenhum compromisso e sozinha, praticando exercícios de interiorização, contrários à lei vigente entre seu povo; sujeita a todo tipo de escárnio.
Há um momento em que Cristo se dirige às mulheres; no entanto, não era o momento de se pensar em idealismos de qualquer natureza: é quando, sob o peso da cruz, ele diz a elas: "Não choreis por mim; chorai sobre vós e sobre vossos filhos" Lc 23,28
Acredito Senhora, ter justificado minha dificuldade de aceitar sua afirmação de que Cristo foi o primeiro feminista, salvo se olharmos as aproximações entre Cristo e as mulheres apenas por seu aspecto de pura aproximação, mas nessa dimensão Cristo não esteve.
Considerando-se que o feminismo é valorização externa da mulher, Cristo não valorizou a mulher. Ele sabia qual o papel que cabe à mulher no mundo e se manteve em absoluto silêncio sobre o assunto.
É claro que essa convivência com as mulheres nos aparece como feminista e isso leva muitos a verem Cristo assim; mas a realidade dessa aproximação é que a mulher está no mesmo plano do trabalho que ele veio desenvolver.
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