A expressão é também conhecida como pedra filosofal de muitas aplicações em escolas, sempre para relacionar com o ser humano.
O plano horizontal relacionado com a mente, o espírito, a matéria, o tempo; o plano vertical na direção da consciência, da alma.
Cristo se referiu a ela como a “Pedra angular que os construtores rejeitaram” Lc 20,17. Esses construtores somos nós; nós rejeitamos trabalhar nossa verticalidade e ficamos acomodados na horizontal da mente. Cristo se queixa dessa nossa acomodação.
Conta-se sobre Marco Pólo em aula sobre a construção de uma ponte; discorria pormenorizadamente sobre a posição, os encaixes de cada pedra, desde os fundamentos, os pilares e o mais. Um aluno perguntou:
- professor, o que sustenta o peso?
- a curvatura do arco.
- então por que o senhor só fala do arranjo das pedras?
- porque, sem as pedras, o arco não existe.
Marco Pólo estava preso ao lado horizontal do dado; preso aos fatos concretos, materiais, visíveis, demonstráveis. Quando lhe foi feita uma pergunta sobre a verticalidade do problema, Marco Pólo dá uma resposta evasiva, que nem a ele convence.
A pedra angular é uma referência ao físico e ao metafísico existentes no ser humano; o físico é horizontal; o metafísico é vertical. Nós temos de ser os construtores de nossa própria ponte, através da qual atravessarmos a dar prosseguimento a nosso destino.
A figura do dado nos possibilita também afirmar ainda que vemos dois lados e que há outros dois que vão vemos; não é pelo fato de não os vermos que eles não existem! Também nós temos o lado que não vemos; ele nos é desconhecido. A Consciência, a alma; nem por isso podemos ignorar sua existência.
A pedra angular são essas duas dimensões de nosso ser; sem a conciliação das duas, não alcançaremos a luz.
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