terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Maldade – 3/6 ( Em 23/09/2008 )

            É explosão do inconsciente solto. O que faz o inconsciente? Num primeiro plano, fustiga-nos por dentro pelas vozes, pelos sonhos; depois, se não resistimos, ele se arremessa, em bloco, direto à mente para cometer toda espécie de ousadias calculadas e invenções de como transferir para os outros o produto de seu veneno. Por isso, a maldade obedece ao cálculo, vem urdida, para destruir, para desmoralizar, desestruturar.
Alguém dizia que “as guerras são projeções do que se passa na interioridade humana”. Por darmos corda ao inconsciente, chegamos a tanto. O inconsciente fica à espreita; esperando o momento de acionar a mente contra alguém, sem pudor sem escrúpulo, sem medir as conseqüências porque a maldade quer apenas o êxito de seus cálculos.
Na guerra, o perdedor terá de arcar com o peso das custas com que se erguer, humilhado, comentado, desacreditado; se é pai de família ou uma família inteira, não importa;
Durante muito tempo, atribuiu-se à língua o ser má: a língua é apenas o instrumento de que o inconsciente se serve para desfechar seu golpe contra os inocentes e pôr-se a preparar a próxima emboscada, sem descanso, sem trégua, que a maldade tem os olhos abertos e as garras afiadas para impor-se pela desfaçatez.
Sabe quando alguém vai sentar e o outro puxa a cadeira?: Aquilo é maldade calculada; ela nos puxa a cadeira ante o supervisor, o superior hierárquico apenas para nos ver cair e que sirvamos de ridículos aos olhos dos demais.
A demissão injusta normalmente é uma das formas de que a maldade se serve para puxar a cadeira. A maldade sabe trabalhar os ouvidos de quem tem o poder de decisão

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