Acontece é que, no passado, cometemos deslizes cujos efeitos somente agora recaem sobre nós e nos sentimos, não raro, vivendo no inferno; não percebemos que, o que sofremos hoje é resultado do que fizemos ontem; isso realmente dificulta saber onde estamos vivendo.
Essas conseqüências de ações passadas podem ser neutralizadas apenas e tão somente por um expediente; vejamos o mecanismo todo:
- lá atrás, eu cometi um ato de violência;
- a energia daquele ato vai voltar para minha mente com a mesma pressão com que fui violento;
- só há uma forma de eu escapar dessa energia:
- conduzir a mente para dentro de mim mesmo.
- como a energia que volta é de movimento, ela não pode entrar em nosso interior, que é área do repouso.
- essa energia vai ficar rondando até me alcançar, se minha mente não estiver protegida.
Olhamos em volta; o que vemos? O vazio, o nada. Se estamos cercados de nada, se o nada é nossa fronteira, por que nos apegarmos, se vamos nos integrar no nada? O monge Thomas Merton afirmou que nenhum homem é uma ilha; essa afirmação se aplica à exterioridade humana; do ponto de vista do espírito, todo homem é uma ilha porque a construção é individual; cada um seguido para o vazio. E pior aí ainda: o meu nada pode ser diferente do seu e isso me isola ainda mais no vazio.
Vivemos um mundo em que precisamos nos adaptar a vivermos no vazio; o vazio é nosso destino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário