Virtude é uma qualidade que se manifesta pelo poder de discernir, de atuar com fundamentos na verdade individual. Forma-se, sobretudo na infância, quanto mais infância. Quanto mais criança ainda, mais a mente está aberta; isenta dos hábitos e costumes que vão se insinuando com a vivência e se acumulando ao longo do tempo. Assim aberta, a criança assimila o que ouve, o que vê, a prática de exemplos de boa ética, de boa formação; tudo floresce ali, enquanto a mente está aberta; é o tempo de os pais plantarem modelos de conduzir a vida.
A verdade é um atributo da alma; se os pais implantarem a verdade naquela mente, a virtude vem por aderência e se manifesta pelo comportamento. A verdade alimenta a virtude e as duas sedimentam o comportamento sob qualquer situação.
A verdade é um atributo da alma; a virtude é um bem da alma porque nasce da verdade de cada um. Nem toda verdade é virtude. Dizer a um doente terminal que ele tem poucas horas, pode ser verdade; não é nada virtuoso.
A nota que eu alcancei colando é verdade, não é produto de virtude. O aluno entregou a prova ao professor:
- olha professor, todo mundo estava colando; a cola veio até mim, mas eu preferi fazer o que
eu sei, e assumir meus erros. Isso é virtude. Em meio à facilidade de se sair bem, ele optou por ser ele sozinho; isso é virtude; a verdade ele transmitiu ao professor.
A virtude do professor foi a de tirar a média do coladores e atribuí-la ao aluno.
Muitas são as classificações para a virtude; a nós interessa no que ela se manifesta de nós para situações de qualquer natureza. De nós, a virtude se manifesta como poder de discernir, de optar e atuar.
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