O texto se atém ao mundo “do mecanismo das leis do progresso”. Essas leis atuam impelindo-nos “à evolução”, pelo movimento, é claro. São projeções daquelas outras leis que têm assento em nossa interioridade.
Se quisermos sintonizar as raízes dessas leis, temos de adotar a imobilidade. Aí elas residem. Adotar a imobilidade não significa ficar parado, que a manutenção da vida exige integração no movimento; a imobilidade está dentro de nós e é em seu encalço que devemos seguir, não importa o lugar geográfico; em qualquer parte a mente está sento fustigada pelas leis do movimento; a imobilidade consiste em dar um descanso à mente; fazer que ela repouse, para que outros valores se exprimam de dentro de nós.
Uma ave não pode voar com uma só asa; também nós não, se ficarmos restritos ao mundo do movimento; entre as duas asas da ave, está o coração. Também em nós: o coração é o ponto do meio, do equilíbrio entre o movimento e o repouso; o coração é um lugar onde as leis cessaram
e a luz acende.
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