A Mente é um atributo da Consciência; emanou da Consciência para pôr ordem no caos. Já se percebe que o simples fato de ter emanado, deu origem a dois atributos:
- à energia ativa
- ao movimento.
Esses dois atributos são universais, com eles, a Mente pode atuar com os demais atributos: memória, razão e inteligência.
Quando a Mente estava no bojo da Consciência, as duas existiam conciliadas: A Mente em movimento e a Consciência no repouso; dessa conciliação surgiu a Luz. Estava formada a Trindade: Mente, Consciência e Luz.
Enquanto a Luz existia, vibrava e liberava partículas de luz.
Nós somos uma dessas partículas; como a parte não perde as propriedades do todo, nós temos em nós: Consciência, Mente e Luz.
Quando a Mente emanou da Consciência, os dois pólos de energia: do repouso e do movimento se afastaram.
Em função disso, a Luz se apagou.
Nós perdemos o referencial e ficamos girando no espaço, até que a mente estabeleceu o a ordem no caos e nos dispôs num itinerário de retorno: da pedra para a planta, para o irracional, para o humano.
Este é o último estágio no mundo da matéria; ao sairmos daqui, entraremos no mundo da Consciência; o mundo da Consciência é rarefeito, vazio, sem nada em que se apegar; por isso temos de trabalhar a mente para que saia daqui com alguma experiência do vazio,
Enquanto atua na terra, a mente recebe o nome de mente; quando sai da terra, a mente se chama espírito.
Como nosso espírito tem atuação pela energia do movimento, ao sair daqui, ele se dirigirá para o pólo do repouso, no mundo da Consciência.
É prevenção nossa munirmos de experiência nos dois pólos para que, mais rápido, alcancemos a luz. Seremos luz.
- se as coisas são como você coloca, em nível de energia, como fica o sacrifício de Cristo?
- Cristo quis nos mostrar que nosso destino é para o Pai, a Consciência.
- mas precisava sofrer tanto?
- o sofrimento não vem do Cristo, vem dos homens que o rejeitaram; o sofrimento nos dá a noção de quanto os homens não se dispunham a sair de suas comodidades; quanto mais sofria, mais se mantinha unido ao Pai.
- mas precisava sofrer tanto!
- veja que antes daquele sofrimento, ele dizia “Eu e o Pai somos um”; não seria o sofrimento, por extremo que fosse, que viria motivar uma ruptura.
- não precisava ser tanto sofrimento.
- se a dor dele fosse igual à dos outros, ele não seria ouvido, não se destacaria daquela turba.
- eu conduzi o assunto de forma errada porque a pergunta se referia ao nível de energia em que você coloca os assuntos.
- por ser um com o Pai, Cristo tem a Luz acesa em si mesmo e nos mostra como suportar os obstáculos para estarmos com o Pai.
- mas porque o Pai deixou o Filho sofrer daquele jeito!
- o Pai não atua por nossos raciocínios; acabamos de ver que o Pai está em repouso; não poderia intervir no movimento.
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