quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

A tempestade – 5/6 ( Em 05/08/2008 )

Sabe aquela que amedrontou os discípulos na barca? (Mt 8,24) Era tempestade de medo; os discípulos ficaram com medo na barca; quando tiveram medo, acordaram o Cristo.
O Cristo que eles acordaram dormia dentro de cada um, o medo os fez despertar o Cristo que dormia de dentro deles.  
Essas tsunamis que a TV mostra destruindo cidades inteiras é bem uma amostra de como ficamos destruídos por esses ventos de dentro.
Chama a atenção que o Cristo repreendeu os ventos; mas que têm a ver os ventos, para serem repreendidos? Cristo repreendeu sim, o fato de os discípulos se deixarem dominar pelo medo. Por isso afirma que os discípulos eram “homens de pouca fé”.
Ainda hoje recebi uma mensagem de pessoa querida com os dizeres: - estou tentando permanecer na fé e na crença do poder da oração... para não me afundar na tristeza e depressão que me perseguem”.
Ah! Você pensou que fazer um blog é só escrever! Não. É preciso sintonizar os anseios daqueles que passam a confiar em seu trabalho.
Os ventos são as vozes internas, esses demônios interiores que se agitam com tanta algazarra dentro de nós. Na verdade, o Cristo trouxe a energia do repouso para onde estava o movimento, no coração daqueles homens. Então, as energias se equilibraram dentro deles e a paz se restabeleceu em cada um.
Veja se você entende esse negócio de energia: nós temos dois pólos de energia: um pólo que atua na mente; é o pólo do movimento; o outro pólo é o do repouso; atua no coração.
Se o pólo da mente atua sozinho, contraímos toda espécie de inseguranças, medo revolta, desejo de vinganças e coisas assim; ou então contraímos doenças; isso tudo é representado no texto pela tempestade.
Essa pessoa que me escreveu está com o pólo do movimento em tempestade, no nível em que estavam os discípulos; então vêm o medo, o pavor de se afundarem na tristeza e depressão que os dominam e se impõem, se não acordarem o Cristo.

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