É o retorno da Mente à Consciência; é o retorno do Filho à casa do Pai.
Viemos de diversos estágios: da pedra para vida vegetal depois, animal; essa condição de humanos é o último estágio da mente; o estágio seguinte será o da Consciência.
Essa seqüência nada tem a ver com as teorias de Darwin que se relacionam com as espécies evoluindo dentro de um estágio; aqui os estágios são apenas invólucros pelos quais nossa luz interior vai passando, no retorno à casa do Pai.
Mas para entrar no mundo da Consciência, para entrar na casa do Pai, o Filho está preparado?
Lembra? O filho pediu ao pai tudo a que tinha direito; foi pelo mundo, gastou tudo e, sem outra opção, alugou-se como vigia de porcos; passava tanta fome que tinha inveja dos porcos pelo que comiam. Decidiu voltar como empregado e o pai o recebeu com festas (Lc 15,11-24).
Eis aqui; nosso itinerário é isso: saídos da casa do Pai, abdicar de tudo, conscientizar-nos. Abdicar não é abandonar os bens; é não fazer deles o centro de nossa vida.
Esse filho estava preparado porque abdicara de tudo, gastou tudo; estava preparado porque aceitou a humilhação de ser vigia de porcos; estava preparado porque passou por privações representadas pela fome. Somente depois de passar por tudo isso, nele despertou a consciência de que na casa do Pai, mesmo como empregado, ainda seria melhor.
Nós podemos evitar tudo isso se nos anteciparmos à volta à casa do Pai pela abdicação, voltar à casa do Pai pela descida da mente ao coração; este é um exercício que se antecipa à morte; quando ela chega, encontra a casa limpa e se desorienta; abre o cofre e o segredo lhe escapa.
A aceitação de um colega, um indivíduo mesquinho, chato é um exercício de morte. A morte será apenas complementação do que já vínhamos praticando em nós mesmos. Ela vem e apenas sopra o barco que receba o impulso para o outro lado.
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