A timidez e a negação inconsciente dos valores de uma pessoa; por ser inconsciente, rói os sentimentos mais elevados e sobre eles impõe um silêncio grosso, uma no do imperceptível.
Uma pessoa tímida é apenas metade de si mesma; a outra a timidez solapa e parece jogar tudo num fosso; a pessoa contempla essa parte perdida e não tem como recuperá-la, se alguém não lhe vier de fora avisar que aquilo é apenas uma miríade, uma fantasia emoldurada pelo inconsciente, bloqueando suas potencialidades.
Ah! A timidez de falar com a pretendida; que dificuldade! A coisa exigia mais do galã: ele precisava se declarar. Quanto acanhamento! Isso foi substituído pelo toque; hoje a linguagem é das mãos; até isso tiraram dos jovens: o moço não se esforça por melhorar seu padrão de fala, não tem motivação por que aprimorar a linguagem.
O temor de falar com o chefe; sempre visto como o dono do poder, em virtude de estar investido de um dever; é certo que ele tem delegação recebida de uma entidade maior no âmbito da empresa, mas sua posição não deve ser fator de inibição.
O temor de falar em publico; que frio na barriga! Sob uma avalanche de olhares; por mais que queiramos nos controlar, a coisa quase desanda.
Por isso, é preciso repetir sempre a expressão: tenho confiança em mim, não importa quantas vezes, até que nos condicionemos para a confiança, que substitua esses fantasmas internos.
A timidez é um veneno instilado no sangue; é uma bílis expelida por nossos traumas e lançada na corrente sangüínea.
Isso parece uma queda de pressão que é preciso combater, sem trégua, sem trégua. fazer da palavra confiança um bastão em que se apoiar a todo instante.
Para isso é preciso termos consciência de nossa dignidade como pessoas; o que nos falta é conhecermos melhor a nós mesmos; dominar nossas estruturas; o que nos falta é um levar a sério o compromisso de pôr fim a esses morcegos que se derreteram dentro de nós
se fazem de espantalhos.
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