São aquelas que se gritam dentro de nós, até em sonhos. Atormentam em tudo, colocando a mente entre dois negativos:
- o pessimista - eu estou com medo; isso não vai dar certo!
- o afoito - eu sei me cuidar; não quero palpite de ninguém; comigo é tiro e queda.
Essas vozes internas falam a linguagem de nossos traumas.
Em crianças, tomamos susto: no momento de um susto, a criança abre suas resistências e a energia do movimento penetra em alguma ala do repouso. Como é do movimento, agita o ambiente dentro de nós, porque quer sair; não podendo, acelera o metabolismo local, repercute no sistema nervoso; vêm o medo, as angústias, as depressões, as doenças em geral.
Outro aspecto é que esses traumas foram assimilados em épocas diferentes e situações diferentes; a linguagem que eles falam é diferente em cada um; cada um quer ser ouvido.
Na bíblia, elas são chamadas de os inimigos, coisas velhas, ligadas à terra; é conhecido o episódio de Moisés que quer entrar no templo e Deus o adverte: Tira essas sandálias velhas que o ambiente em que queres entrar é chão sagrado Ex 3,5 Js 5,15. Moisés queria entrar em si mesmo e, para entrar em si, é preciso purificar-se dessas impurezas. São Paulo afirma de Cristo que quer colocar todos os seus inimigos debaixo dos pés 1 Cor 15, 25. Cristo quer mandar para a terra o que é da terra; são esses ranços de que só pelo esforço, livramo-nos deles.
A violência, o orgulho, a inveja, o roubo são incitações dessas vozes; elas ampliam nossa condição de vítimas e se afinam com a tristeza.
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