sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Confusão - 6/6 ( Em 11/06/2008 )

             Procuro alguma coisa em mim mesmo. Difícil é achar linha nesses escuros!

             - mas você não disse que, dentro de nós, é a luz!

Esses escuros significam que eu ainda estou retido na área de meus traumas; não podendo passar, fico à deriva; se ao menos  pudesse contar com a ajuda de minha alma; mas ela está do lado de lá, impedida por essas paredes. Desistir? Jamais. Vêm-me à mente aqueles versos de Camões;
           
“Da decisão que tens tomada,
            Não desistas, a obra começada.”

            Verdade. Se eu ainda estou apegado a Camões, é porque não passei pelas paredes. Mas, quando, onde foi que eu comecei? Comecei? O fato é que escrevo voltado para dentro.E se numa dessas, a palavra aparecer? Sorridente, saltitante – olha eu aqui!

Digamos que eu encontre a palavra; o que vou fazer com ela? Levá-la que me mostre o caminho por onde veio?

Bem, com a palavra não é bem assim. Ela surge de um lugar raso e desencadeia a idéia. Mas qual é esse lugar raso dentro de mim? Acho que descobri.

Conforme eu me concentro, a alma emite partículas quânticas que chegam até mim sob forma de palavras.

Nossa! As partículas quânticas têm a rapidez do relâmpago, quem puder me ajudar a encontrar a minha, por favor, entre em contato comigo por um raio de sol. É tão simples lidar com essas coisas que não me faltarão pessoas generosas de aprisionar uma e me mandar pelo correio.

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