O texto abaixo foi publicado em 20/01/06. Não há o que alterar, com relação ao que penso hoje. Reproduzo-o agora, por sugestão de um leitor assíduo e comentarista de meus textos; ele me apontou amigos seus que lhe sugeriram um texto sobre o assunto.
É causada por um alvoroço interno; algo que quer sair; não encontrando a porta, derrete-se dentro de mim e eu fico com aquele vapor quente em minha interioridade. Ninguém entende esta sopa de maus presságios; ela foi formada com ingredientes de minha vida.
Três são as causas principais:
a - algo que eu pretendia fazer, criar; ficou retido no fundo de minha psique;
b – um saber que eu soneguei a alguém;
c - uma intuição profunda de algo coletivo por acontecer e cuja significação me escapa;
Dois tipos de exercícios são de fundamental importância:
- manter os nervos da testa esticados para cima ou repuxar a sobrancelhas para trás, o mais de tempo possível, sobretudo dormir nesse esforço;
- escrever o mais que puder, sobre meus dons que eu gostaria de ter desenvolvido, algo de minhas aptidões a que eu não me empenhei com afinco, uma injustiça ante a qual eu me calei.
Não é suficiente falar com alguém sobre isso; não é suficiente interpretar; é preciso escrever; quando eu escrevo sobre esses assuntos, eu desço ao local da ferida e puxo de lá o agente, o causador.
A depressão é própria de pessoas sensíveis: a alma em sintonia com algo que lhes escapa. O melhor dos exercícios é conduzir a mente a entrar no templo de nosso coração e expulsar de lá os vendilhões que querem transformar nossa casa num covil.
Se a depressão é uma doença que repercute na mente, é preciso retirar a mente do lugar onde ela se encontra doente; é preciso conduzi-la ao repouso no coração de onde a alma virá em socorro afugentar os males que nos afligem.
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