É comum vermos documentários de montanha muito alta e, lá no topo, uma cratera onde se formou grande lago.
A mente humana deveria ser assim: uma cratera aberta para receber as águas que vêm do alto; porém, o que ela recebe são correntes de enxurradas, turbulentas, agitadas por impulsos e precipícios.
Dizem que “águas paradas criam répteis”, então eu não entendo por que, em nossa mente, as águas estão sempre agitadas e mesmo assim, cheias de répteis!
É que aqui embaixo, são muitos os répteis da calúnia, da mentira, da inveja; essas não existem naquelas águas.
O ideal seria conduzirmos nossa mente às alturas e, na subida, os répteis não resistiriam à rarefação do ar porque, de um coração saturado de tanto assédio, podem sair lavas de destruir tudo; seria a única forma de purificar nossa cabeça, dando ensejo a um novo começo.
Por enquanto, já que a mente não sobe, desça a negociar com o coração; juntos poderiam fazer grandes coisas pela pureza do lago.
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