Mais uma menininha... agora em São Paulo; cidade grande demais para ficar de fora disso que me parece um sinal dos tempos.
Mais uma vítima inocente chamou a si o mal de nosso tempo; doou a vida por reduzir as forças do mal e contribuiu para redimir a mente de um agente que será recolhido aos cofres públicos.
Imaginando que tudo seja como se pensa, e o que se pensa, essa menininha defendeu seu algoz de permanecer entre os criminosos potencialmente violentos. Ele terá tempo de se interiorizar e descobrir onde estão as sementes de seus impulsos e a menininha atuará sobre ele, estimulando-o a que tire de si mesmo essas sombras que o conduziram a medida tão radical.
Como tudo isso tem uma mística de profundas profundezas!
Á vida cedendo lugar que a mente se recupere.
Não foi uma vida que foi interrompida, não. A vida é como um fio; os corpos é que se aderem a ela; no caso da menininha, o corpinho dela foi despregado à força do fio da vida e marginalizado.
Como é aquela história do fogo? Por alcançar as alturas, ele se julgava superior à água? Um dia se insurgiu porque a água na panela estava numa posição superior á dele; levou a água à fervura e a água transbordou a panela e o apagou.
O agente da ação sobre a menininha estava nas alturas; quis insurgir-se contra a condição de se submeter; não será mais o mesmo: será peregrino nos tribunais; deixará de atender sua profissão, até que seja enterrado nas catacumbas dos vivos-mortos; ali conviverá com micróbios de sua têmpera; se a convivência for dolorosa, terá ensejo de pôr pra fora as forças que o instigaram e, de dentro da consciência, a menininha terá a oportunidade de olhar feliz para o novo homem que nasce da consciência ferida.
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