Um cientista afirmava que antigamente os leões atacavam os homens; agora são os micróbios que criam as condições de equilíbrio.
O homem se refugiou nos grandes centros e, do aglomerado, pululam corpúsculos que surtem em bandos quais assaltantes no tirar da vida.
Os laboratórios se transformam em postos policiais de perseguição aos bichinhos; eles saem, trocam de roupa e se agrupam novamente em arrastões de saque e roubos. Sem a menor cerimônia, entram nas casas e de seu posto invisível, põem tudo em polvorosa.
Tenho a impressão de que são produtos da mente humana; são gerados no intestino do inconsciente coletivo e, como foram gerados por nós, alimentam-se de nós e só nos resta correr atrás dos laboratórios que nos ajudem na perseguição do disfarçável.
Então os laboratórios armam trincheiras, abastecem os postos, armas a laser, acerto fulminante e, quando estamos preparados para atacar, os danadinhos foram armar barraca em outra freguesia. Bichinhos inteligentes!
Penso nesse negócio de inconsciente coletivo porque a mente cria vírus potentes. Quer mais do que aqueles que fuçam as contas bancárias, mexem nas intimidades da NASA e se alimentam de vender segredos atômicos? Quer mais?
Se por trás do vírus do computador, há uma inteligência capaz de tanto estrago, imagine-se a força de todas as mentes juntas ao longo de milênios! Dessa força, vêm esses vírus, verdadeiras miríades: manifestam-se sem que os alcancemos, que fogem sempre.
Acho que a coisa funciona assim: vem a força-mãe: põe um ovo e vai embora; o ovo prolifera e nós atacamos uma fonte que já não mais está; foi fecundar outras praças, ceifar outras vidas. Será assim!
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