quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Tufão – 6/6 ( Em 04/06/2008 )

Onde o tufão vai buscar tanto vento. Quem açoita o vento?
Ah! Fácil dizer que, por força centrífuga, ele se agita para as periferias quanto mais rápido o centro gira; é fácil dizer isso; mas quem agita o centro, o olho? O olho agita a si mesmo! Então o olho é inteligente! Quem lhe deu essa inteligência? É interrogatório até chagarmos ao “motor imobilis” de Tomás de Aquino, um motor que move a si mesmo.
Acontece que Tomás não contava com essas contorções da natureza tentando acomodar suas placas de baixo e de cima. Não se imaginou que o motor imóvel perdesse o olho e se dispusesse a atacar sem prévio aviso. Vai ver que foram tantos os furos  que se fizeram nas placas de cima que ele perdeu ritmo e vai  jogando a mobília que os homens deixaram às soltas vagando lá por cima, muito mais do que quarenta mil toneladas. Ou pode ser que a velocidade do vento seja tanta que ponha a terra a correr e as placas de dentro precisem se acomodar no improviso do repuxo. Numa dessas, lá vamos nós fazer contabilidade com São Pedro e o vento envergonhado vai se esconder em alguma loca escura até a próxima arrancada.

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