Os vícios são gerados na escuridão. Todo vício leva a uma gruta escura; o incauto entra ali na esperança de encontrar água fresca para suas opressões; ali fica e, em pouco tempo, cria raízes: os filhotes se espalham, geram costumes, o organismo pede, as vozes de dentro gritam que experimente mais, o alívio está naquilo e a coisa ganha progressão que termina pela anulação do sujeito.
Valeu a pena!
Aos que procuram minhocas, a Internet é uma gruta escura. Ali são gerados filhotes que vão fuçar nos cofres dos bancos, nos segredos da Nasa e até na manipulação de segredos atômicos.
A doença grave não raro, tira-nos da gruta escura, mas é preciso passar por duras provações; os filhotes se agarram às pedras e não querem deixar aquele ambiente fácil.
Pra que gruta mais escura do que a Aids? Sai dessa! To fora! Gruta escura! “Never more”. “never more”, como dizia o Corvo de Allan Poe. Esse corvo era o guardião de uma espécie de gruta escura de que o poeta não conseguia se libertar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário