Aconteceu que vindo de longe o grande pavão, ostentava penas de desacreditar as outras aves.
Ah! Quanto de obscuro naqueles arrastares de asa... Tudo se relacionava com respeito a duas aves mantidas em cativeiro. Uns diziam que eram filhotes urubus; outros que eram garça branca; ninguém sabia ao certo, mas pelo cheiro que exalava do escondido, deu-se como sendo filhotes carniceiros.
Naquela plumagem, havia certa nebulosidade e o povo punha desconfiança no ar, sondando se não era postiço aquilo que aos incautos iludia.
Então as aves da região cantaram em uníssono a melodia; era o grito de guerra. Avançaram sobre o intruso e lhe arrancaram sinais de sua marca; o dito se retirou com seus machucados e foi cantar de galo em outra região.
Agora teria de alcançar meios de vir resgatar as penas dispersas nos tribunais de acusação. Levantou-se inclusive a suposição de que algumas daquelas penas não eram do corpo dele e os dados aprofundados por peritos indicaram que a pele aderida àquelas penas não era de um só DNA.
Havia ainda um jogo sub-reptício no desenrolar daquelas cenas, ao que se dizia, de pouco escrúpulo. Muitos vislumbravam, por trás dos episódios, uma grossa corrente de... falta ao cronista encontrar a palavra, que os dicionários não registram, apesar de tanta pesquisa. Aquela corrente dizem que era invisível e tinha tendência para as alturas.
Aqui vem à mente do cronista aquele enigma que uma estátua lhe tinha proposto: “nem tudo o que está nas alturas tem grandeza; o que está próximo do chão nem sempre é baixo”.
Ao que se disse depois, o embusteiro de volta a seu reduto, não encontrou mais o ninho; os de sua grei tinham adotado o lema de que “quem vai para Portugal, perde o lugar”.
Enquanto essas coisas aconteciam, lá no alto, uma estrela pairava e, apesar de seu brilho intenso, não alcançava aquele ambiente. Disseram daquela estrela que se chamava Isabella...
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