E a mulher que algemou a menina? Por dois anos, fê-la dormir no chão da área de serviço; e as torturas físicas? Como é possível a uma mulher vestir-se com o gibão de domar animais, laçar a inocência e mantê-la indefesa no cárcere do demônio?
Como pode uma mulher bestializar-se tanto?
Pensa-se que depravação é só referente a sexo; e isso não é uma depravação?
Lembra aquela mulher que pediu a cabeça de João Batista? Mt 14,8. Ali havia um sentido: João Batista era o último profeta do mundo antigo; era preciso acabar com o pensamento antigo: causa e efeito; olho por olho chegavam ao fim.
Pedir a cabeça significou cortar essa linha de revidar; surgia um novo modo de pensar; em vez de revidar, era perdoar; começava com esse corte da cabeça; ali a mulher foi instrumento para que se completasse plenamente o trabalho que outra Mulher tinha começado.
E aqui? Aqui é a barbárie pura e simples; aquela mulher cometeu um ato de momento e em público; esta agia nos subterrâneos da consciência, no mundo das trevas escondendo o produto de sua sandice.
No Credo se diz que Cristo “desceu à região dos mortos”. Agora entendemos o que sejam esses “mortos”: pessoas assim que saem das tumbas e, apesar de sua freqüência a cursos superiores, não encontraram esclarecimento para sua condição de pertencentes ao reino das sombras. Estão deslocadas de seu habitat, afogadas no inconsciente; é bom que permaneçam por longo tempo na prisão, onde terão oportunidade de se submeterem a limitações tais que despertem para a realidade do mundo em que forçaram entrada.
Por enquanto, ela terá de perder a casca do mal com que se veste e o chão da cadeia terá de receber aquela coisa diluente que impregna tudo até que o corpo seja capaz de fazer o próprio exorcismo com que se desvincule dessas correntes de mundos inferiores.
Eta coisa besta, meu Deus!
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