Imaginemos que, no percurso da piracema, armemos uma rede; os peixes não desovariam. Nossas resistências internas são essas redes: impedem os peixes que vêm da alma desovar em nossa mente.
Em conseqüência, perdemos a fé, a crença e tudo o que vem da alma; descremos inclusive de nós mesmos; não aceitamos os acontecimentos relacionados com o espírito.
- “é tudo bobagem.” Tornamo-nos donos da verdade.
A expressão “só acredito no que vejo, só acredito se eu vir” é bem a mostra do que essas resistências podem causar dentro de nós, como se o ser humano se limitasse apenas ao mundo da razão, da demonstração, da matéria.
As resistências atuam pelos atributos da mente, por isso se valem da razão para desacreditar de tudo o que estiver fora do racional.
Os meios de tentar corrigir isso são sempre os que estão voltados para nossa interioridade; a gargalhada é uma broca com que fazemos furos nessa tela, o bocejo, quando concentrado na tela, também é de grande eficiência. A contemplação: ficar o tempo que se puder olhando aquela tela; nada mais do que um olhar sereno sobre ela; apenas olhar.
Então o silêncio que fizermos enquanto olhamos se sintoniza com o silêncio do lado de lá; eles serão fatores incômodos para a permanência dos agentes que formaram a tela; esses se retiram apavorados porque o silêncio se realiza sem demonstração.
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