Por que se diz que Deus é? É é o tempo verbal, do presente do indicativo. Referindo-se a uma divindade, quando se diz que ela é, a intenção é a de lhe atribuir permanência; o eterno presente; situar essa entidade entre o passado e o futuro.
Se digo que Deus é, estou atribuindo a Deus o ser presença; estou afirmando que Deus é aqui e agora.
Você decerto já ouviu de Cristo a expressão: “Antes que Abraão existisse, eu sou” Jo 8,58. Cristo se situando no presente, entre o passado e o futuro.
A aplicação de é tem a função de colocar a entidade no meio. O meio é o ponto de conciliação dos opostos; os opostos que mais dizem respeito a nós são mente e consciência; são opostas porque uma está voltada para fora, para o mundo; a outra voltada sobre si mesma; uma está em meio ao movimento, a outra está em repouso. Quando a mente alcança a consciência já são mente nem consciência; são luz; a luz da sabedoria, da justiça, da verdade.
Os opostos encontram um exemplo fácil nos pratos da balança em que os pesos têm de encontrar igualdade. Ali os interesses de comprador e de vendedor se conciliam num ponto central.
Deus é porque se situa no meio entre a mente e a consciência; Deus se situa entre o movimento da mente e o repouso da consciência.
Deus se coloca dentro de nós porque só nós temos a incumbência de conduzi-lo a ser luz.
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