segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Carta aos Romanos 7,15 - 6/6 ( Em 12/03/2008 )

Em uma de suas cartas, São Paulo afirma: “Não entendo o que faço, pois não faço o bem que quero, e sim faço o mal que aborreço”. Dá pra entender isso? A que ponto nós chegamos de o missivista nos pegar assim, de calça curta?
O autor se utiliza do pronome “eu” de forma coletiva; esse eu representa todos nós; todos nós aspiramos ao bem, mas fazemos o mal.
Somos tendentes a fazer o errado; tendentes a transgredir a lei. Já não me refiro à lei escrita, social, mas a lei de nosso bem-estar interior.
Somos conduzidos a fazer o mal porque alimentamos o mal dentro de nós: a ira, a inveja, o medo, a ganância, o vício ou outro: fumar, beber jogar em demasia é fazer o mal a nossa natureza; se nossa natureza está a raiz do mal, como queremos colher o bem?
Fazer o bem que se quer é combater o mal por seu oposto. Se eu tenho ódio, basta que, todo dia, ao deitar e ao levantar, eu diga, voltado para dentro de mim mesmo, sem pensar no motivo do ódio.
            Obrigado Senhor, pelo poder de perdoar,
            Obrigado Senhor, por minha saúde
Obrigado Senhor, por parar de fumar.
            Não significa que de imediato, vamos parar de fumar; mas é certo que criamos devagar, em nós, um mecanismo de defesa contra aquilo que eu quero abandonar.
Mas aí há algumas precauções a tomar:
 - eu devo pronunciar essas palavras voltado para dentro de mim mesmo; se eu olhar para o
   céu, estou desacreditando no Deus que está dentro de mim.
- se as forças do mal vêm de dentro de nós, elas devem ser combatidas dentro de nós.
- ante um pensamento mau, eu devo dizer algo assim: obrigado Senhor pelo poder de pensar.
- esses agradecimentos têm de ser feitos todos os dias.
Assim como o ladrão conhece o melhor momento de nos atacar, as forças do mal também conhecem esses momentos em que negligenciamos a vigilância.
            Dentro de nós, devemos combater o mal pela retaguarda: quando ele se manifesta em nós, deixou vazio o lugar onde estava; ali devemos colocar o pensamento bom; quando o mal voltar, a casa já estará habitada por um pensamento positivo; e o outro se dissipa.
            Isso é fazer o bem que se quer.

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