Estamos acostumados a ver os acontecimentos pelas aparências, pelo lado de fora de tudo; você olha as espinhas e se constrange; mas o lado de dentro indica sinais de vida; a vida vicejando em você. As espinhas num jovem, deveriam suscitar uma ponta de vaidade: - vê como a vida está exuberante em mim? Elas são a marca do vigor, da purificação.
A água em excesso, transborda; o mesmo acontece com a energia: em excesso, no corpo humano, transborda em sintomas que criam desassossego; se essas coisas transtornam você, não se preocupe, a mulher sabe ler além das espinhas...
A mulher também pode ter espinhas que não devem obscurecer seus atributos de grandeza.
Quando o homem foi feito, recebeu como atributos: memória, razão e inteligência; esses são atributos do masculino; se a mulher fosse dotada dos mesmos atributos, ela seria igual ao homem; pensaria como o homem.
Então a divindade entrou em si e tirou de dentro de si mesma os atributos de: sabedoria, verdade, justiça e amor, com que dotou a mulher; some-se ainda a intuição; esses atributos que estão em todas as mulheres.
Significa que não pode existir mulher feia. A mulher pode fazer-se feia quando abdica de seus atributos, por uma vida de experimentação, de aventuras; aí ela entra no mundo do homem; dá preferência aos atributos do homem; desvirtua sua natureza. Então uma mulher não pode ser cientista, técnica? Claro que pode! Ela não deve é, em função de sua profissão, esquecer os atributos de que é dotada.
Enquanto procuro enquadrar a mulher em seu mundo, estou falando da beleza porque, se ela já é bela por natureza, a beleza se intensifica quanto mais ela se devota em aplicar os atributos de que foi dotada.
Não cabe aqui explanar sobre a incumbência que a mulher precisa desenvolver na terra; discutiremos o assunto quando tratarmos dos conflitos em família.
Quando uma mulher se olha ao espelho, ela deveria procurar em si mesma, as marcas do sagrado, estampadas sobretudo em seu rosto. Saber se ela está bela é redundância.
Saint Exupéry nos conta daquelas gazelas africanas; apesar de serem criadas em cativeiro, chega um momento em que apóiam o focinho na direção do deserto e, naquela posição, ficam até morrer, se alguém não lhes vier desviar a cabeça.
Em nós, o deserto é o coração, ali é o lugar de silêncio, como no deserto; deveríamos aprender com essas gazelas a virar nossa cabeça para o coração; no coração está a fonte da beleza suprema a que aspiramos; no coração está a fonte de beleza que se reflete no rosto de uma mulher.
Uma obra de arte vem das camadas profundas do artista e, quanto mais ele desce, mais a obra sai perfeita. Imagine-se o supremo artista tirando de dentro de si uma obra; ela só pode ser arte pura, de suprema beleza; assim é a mulher.
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