O ódio resulta de uma causa que mantém abertas feridas arruinadas por recalques acumulados. O ódio exige revide na proporção de sua causa.
Toda energia circula em forma de elipse, em forma de ovo; vai e volta; vai e volta; pode demorar, mas volta e, quanto mais demorar mais vem carregada de outras emissões iguais que pessoas igualmente iradas emitiram na mesma faixa de onda.
Cristo nos adverte que, se liberarmos um espírito, (o ódio, por exemplo), ele anda pelo mundo e volta; se encontrar a casa vazia, vai buscar mais 7 e tudo fica pior ainda. Lc 11, 24
É assim com o odiento; ele jorra ódio e a energia daquela intenção vai e volta; se a ela se aderiram outras intenções semelhantes, o ódio volta intensificado. Eis o odiento com estranhas visitas, sedimentadas no mal que quis para o outro.
A energia não é má; a intenção má é que se gruda à energia.
Uma pessoa com ódio perde a visão, estreita a mente, aciona as enzimas, a bílis envenena o sangue, os maus humores todos estão na direção do foco de seu ódio. Os nervos tensos a voz chispada. A tireóide se comprime e prende a passagem do ar; o odioso esbugalha os olhos e sai de perto.
Quando o iroso se acalma, até acomodar essa tropa de volta a suas tendas, o iroso tem de curtir uma bela de uma ressaca.
Há também o ódio fermentado,calculado, planejado oculto por trás das aparências. Esse espera o momento certo para atacar, vestido de cobra.
Outro mais é o ódio teimoso, persistente duradouro, movido por um moto contínuo que não esquece o alvo; se não o pode revidar, também não consegue esquecer.
Escapar disso só pela concentração; pela concentração, o ódio vai lentamente se diluindo.
O movimento do ódio não resiste à concentração. Fora dela, o ódio é devastador da natureza humana; assim como existem escalas para nossa subida, existem também para os planos mais baixos; o ódio deve ocupar o rés-do-chão, último degrau na escala descendente.
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