segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

Sábia é a mulher que... - 2/4 ( Em 29/02/2008 )

A Ilza, fez andanças pelo Antigo Testamento e nos trouxe esta jóia com que embelezar nosso trabalho
Sábia é a mulher que edifica sua casa  Pv 14,1
Logo, existem mulheres que não são sábias nem edificam sua casa; só pode ser porque  abdicaram da sabedoria. Que pena!
Se abdicaram da sabedoria, se trocaram a sabedoria por uma vivência racional; vêm daí as experimentações, de difícil libertação. Essas nada têm a edificar; não são sábias; podem até ser instruídas, mas sem sabedoria não sabem atuar sobre si mesmas, ficam sujeitas a impulsos, decorrentes do movimento a que se expuseram.
Toda mulher vem à terra aplicar os atributos de: sabedoria, verdade, justiça, amor e seus derivados. Pela lei de causa e efeito, quanto mais aplica a sabedoria, mais ela recebe sabedoria.
A mulher aplica a sabedoria no conduzir o homem para dentro dele mesmo e, nisso consiste a edificação de sua casa. Quanto mais ela o conduz, mais a casa vai paralelamente sendo edificada.  
Não importa o resultado se alcançar; o que conta é o esforço dela no sentido de atender a própria vocação. 
            Para alcançar o objetivo de conduzir o homem, ela se casa, adota um homem, e se submete a uma progressão que pode culminar com a doação a própria vida:
a - primeiro ela fustiga, cobra, instiga o homem para que ele aprenda a dominar os próprios
     impulsos; ou ela joga o efeito para que o homem busque a causa dentro de si mesmo.
b - quando o homem aceitou as cobranças da mulher; quando já não mais responde, quando
      já aprendeu a dizer a si mesmo “deixe ela falar”, ou canta enquanto ela fala, a mulher contrai
      doença para que o homem aprenda a doar-se, abdicar de si mesmo por ajudá-la; para que
      o homem pratique o amor, no vazio de quem nada pede, senão a restauração da amada; 
      do leito, ela põe o homem a se esquecer de si mesmo.
c - Se a mulher percebe que ele venceu esse segundo estágio, ela morre para que o homem
      pratique a solidão; viva na solidão, desapegue-se de tudo.
Edificar a casa é isso: despertar no homem, a linguagem que está no interior do homem.
Isso é edificação de sua casa. A palavra casa significando: missão, dever, sábia é a mulher que cumpre seu dever interior.
E se a mulher não se casou? Se não tem um homem a quem conduzir? Dessa está sendo cobrado um pouco mais de esforço; a mulher casada tem o marido como referencial; a mulher que não se casou não tem referencial; não tem para onde olhar, senão para si mesma; vem ao mundo para ser luz; tem a incumbência de ser luz, presença, irradiação, luminosidade nos meios sem luz. Normalmente é conduzida a atuar em ambientes hostis; ela chega e vai lentamente abrindo espaço; portanto, a mulher que não se casou é luz para muitos.
Dizem que, dentro do homem, existe uma mulher. Não. Não existe essa mulher; dentro do homem existem os atributos com que a mulher atua aqui do lado de fora. A tarefa da mulher é a de fazer o homem se utilizar desses atributos; sem eles, o homem será sempre incompleto; pássaro de uma asa só, sujeito aos predadores.
Temos aqui uma gradação no desenvolvimento da mulher: as que abdicaram da sabedoria e se expuseram ao movimento, as empenhadas na edificação de sua casa, e aquelas já edificadas; brotam da solidão e acendem a luz no meio de um mundo apagado.
A mulher edifica sua casa quando, atuando no mundo da razão, não negligencia no aplicar os atributos que motivaram sua vinda a este plano.

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