- Deus estava com os discípulos e sabemos que todos foram perseguidos. Então Deus não era com os discípulos!
- ele quis afirmar isso: se Deus está dentro de nós, quem pode atuar onde está Deus?
- de fato, os discípulos foram vítimas de perseguição pelo lado de fora: ódio, inveja, medo e tantos outros; mas, pelo lado de dentro, eles se mantiveram firmes na fé.
- você estabeleceu bem a diferença entre o lado de fora e o lado de dentro de nós mesmos.
- percebo você querendo me induzir: eu aprendi a adorar um Deus fora de mim, no alto do céu.
- adore um Deus fora de você e deixe o mal correr solto em seus aposentos.
- então como é que eu faço?
- só você pode decidir.
- mas nem uma orientação você me dá!
- o céu é a mente humana; você já sabe disso.
- mas veja: o Cristo nos ensinou a rezar assim: “Pai nosso que estás no céu”; como não olhar para o céu?
- Cristo está ocupado com a interioridade ou com a exterioridade do ser humano?
- com a interioridade, é claro!
- se Cristo está preocupado com a interioridade, como poderia nos orientar a olharmos para fora? Na oração, a palavra “céu”, significa mente humana; a palavra “terra” significa coração humano. A intenção deve ser conduzida para a mente ou para o coração.
- entendi. Se eu oro pensando no espaço, minha energia se dissipa porque a divindade de minha devoção está dentro de mim.
- Deus não está no universo; no universo estão em vigência os atributos de Deus.
- e se for um santo de minha devoção?
- se é santo, era recolhido; se era recolhido, vivia no silêncio de seu coração; somente pelo silêncio de seu coração você deve invocá-lo.
- se eu simplesmente fizer silêncio no coração, qualquer outra divindade pode entrar e não aquela.
- o que determina é a intenção; sua intenção está voltada para o santo de sua devoção.
- enquanto somos matéria, Deus nada pode fazer por nós; quando entramos na matéria, Deus pode tudo por nós.
- assim é.
Nenhum comentário:
Postar um comentário